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Fábulas

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                    A RAPOSA E AS UVAS

                                         

                                   Monteiro Lobato     

 

                                                

Monteiro Lobato Morta de fome, uma raposa foi até um vinhedo sabendo que ia encontrar muita uva. A safra tinha sido excelente.Ao ver a parreira carregada de cachos enormes, a raposa lambeu osbeiços. Só que sua alegria durou pouco: por mais que tentasse, não conseguiaalcançar as uvas.Por fim, cansada de tantos esforços inúteis, resolveu ir embora, dizendo:- Por mim, quem quiser essas uvas pode levar. Estão verdes, estãoazedas, não me servem. Se alguém me desce essas uvas eu não comeria.Às vezes deixamos de aceitar ou corrigir nossas deficiências, assimcomo a Raposa inventou que as uvas estavam verdes e azedas, e começou adesdenhar o que não se conseguiu conquistar.
 
 
 
                O CAVALO E O BURRO
             
                          Monteiro Lobato
                                             

 

                                                                                                                  

O cavalo e o burro seguiam juntos para a cidade.  O cavalo contente da vida, folgando com uma carga de quatro arrobas apenas, e o burro — coitado!  gemendo sob o peso de oito.  Em certo ponto, o burro parou e disse:

– Não posso mais!  Esta carga excede às minhas forças e o remédio é repartirmos o peso irmãmente, seis arrobas para cada um.

O cavalo deu um pinote e relichou uma gargalhada.

– Ingênuo!  Quer então que eu arque com seis arrobas quando posso tão bem continuar com as quatro?  Tenho cara de tolo?

O burro gemeu:

– Egoísta,  Lembre-se que se eu morrer você terá que seguir com a carga de quatro arrobas e mais a minha.

O cavalo pilheriou de novo e a coisa ficou por isso.  Logo adiante, porém, o burro tropica, vem ao chão e rebenta.

Chegam os tropeiros, maldizem a sorte e sem demora arrumam com as oito arrobas do burro sobre as quatro do cavalo egoísta.  E como o cavalo refuga, dão-lhe de chicote em cima, sem dó nem piedade.

– Bem feito!  exclamou o papagaio.  Quem mandou ser mais burro que o pobre burro e não compreender que o verdadeiro egoísmo era aliviá-lo da carga em excesso?  Tome!  Gema dobrado agora…

 

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